01/06 – Dia da Imprensa | Do Papel às Redes, do Tradicional à Tecnologia.
 

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01/06 – Dia da Imprensa | Do Papel às Redes, do Tradicional à Tecnologia.

30 / Maio / 2025

Por Maithê Ferreira

Hoje, 1º de junho, é celebrado o Dia da Imprensa, nos convidando a refletir sobre o papel essencial do jornalismo na construção da cidadania.

O jornalista contemporâneo não está somente em grandes redações ou telejornais, seu local também virou as mídias digitais, os bastidores de empresas, e muitos outros locais que necessitarem de um bom comunicador. O atual jornalismo é multifacetado, se reinventa constantemente e abraça as tecnologias sem romper com a ética e o compromisso com a verdade.

Segundo Pedro Pozzi, estudante do terceiro semestre de jornalismo as pessoas se informam da maneira que mais lhes atrai. Ele afirma que a notícia sempre existirá, pois a necessidade de informação é constante. Assim, o jornalismo se adapta, se molda e se transforma, sem jamais desaparecer. O jornalismo tradicional continuará presente, mas agora de uma forma mais tecnológica.

Com o avanço tecnológico, criou-se o mito popular que as gerações atuais não têm o hábito de buscar informação corriqueiramente. Afinal, muita gente “saiu do sofá” por ter acesso às informações de forma imediata, facilitada e resumida. Quando, na verdade, a geração Z e, principalmente, a geração Alfa, se deparam com outro método de ensino e forma de trabalho. O ritmo cotidiano mudou, e o significado de qualidade de vida se tornou relativo. Devido a isso, a maneira de buscar informação se adapta com essas mudanças da sociedade. O prof. Augusto Lobato comenta:

“O consumidor jovem (e eu falo isso muito porque sou professor de Tele e Rádio e Jornalismo), ele [o consumidor] ouve rádio, ele assiste televisão de outras maneiras, no streaming, no horário que mais lhe convém. É balela essa história de que a geração Z não vê televisão, não ouve rádio… Ela assiste, ela ouve, mas, em outras instâncias, e em outros momentos.”

A imprensa brasileira tem uma longa trajetória, passando por muitos processos evolutivos — do papel às telas, do rádio às redes sociais — mas sua missão continua a mesma: informar, questionar, dar voz e, sobretudo, exercer um papel fundamental na democracia. Com a informação transmitida através das redes sociais, nasceu um movimento de pessoas não capacitadas querendo assumir papéis que não os cabem – o de jornalistas. 

O uso em demasia de IA acaba confundindo grande parte dessas gerações atuais (Z e Alfa),  pois o descontrole na utilização de IA pode acarretar na precarização das condições de trabalho, principalmente na produção jornalística. Porém, quando essa ferramenta se alinha com o auxílio para pesquisas, organização de tarefas, procura em bases de dados, e até extração de algumas informações consolidadas é extremamente benéfico.

A atual conjuntura nos mostra uma grande perda da credibilidade pela contaminação do uso de IA em atividades cotidianas. O prof. Augusto acrescenta que o curso de IA é um desafio para todas as universidades, porque precisam se aprofundar para entender como é que as IAs generativas devem ser usadas, de forma cautelosa.

O docente ressalta sua crença na capacitação humana: “eu acredito muito na formação humanística, teórico-crítica do jornalista. A gente tem que ensinar como posicionar bem o microfone na hora de gravar uma reportagem na rua, como entrevistar bem para o vídeo, como ter uma voz adequada durante o processo de elocução para o rádio, como editar uma página numa revista, num jornal, num site.”

Sem a imprensa, a sociedade vira refém do autoritarismo e da manipulação. A imprensa representa a liberdade da informação, resultando na capacitação de pessoas. Além de exercer um papel fundamental na manutenção da democracia, da transparência e do direito à informação — elementos essenciais para uma sociedade livre, justa e crítica.

Dia 1º de junho é sobre lembrar que o direito à informação é um direito de todos — e que por trás dele estão profissionais comprometidos com a clareza dos fatos, mesmo diante de desafios, como a censura, a desinformação e pressões políticas e econômicas.

Hoje, celebramos todos os profissionais que mantêm viva a missão de informar. Porque, onde há liberdade de imprensa, há democracia!

Sobre o Comunica Lab

Este material foi produzido pela estudante Maithê Ferreira. O Comunica Lab é uma iniciativa e projeto de extensão criado pelos alunos dos cursos de Comunicação, sob a coordenação da professora Lilia Horta. Com o objetivo de fomentar a produção de conteúdos para diversas áreas de comunicação da Universidade São Judas, o Comunica Lab atua como um verdadeiro laboratório prático. Dessa forma, proporciona aos alunos a oportunidade de explorar e experimentar diferentes formatos de mídia, como vídeos, textos e outros.